21.8.12

aos olhos fúteis da condição humana


de quebra, imaginaria almofadas com desenhos de tigres que descansam em poltronas onde largo o corpo sem vida daquele deus grego estampado na tv. então abro a geladeira, esquento o arroz no microondas, faço biquinho enquanto na mente você atuou numa obra prima de bergman entre os anos 60 e 70 e liv ullmann morria de ciúmes atrás da cortina de veludo mais vermelha que o sangue. sangue igual ao leite derramado às 7:45 da noite após a primeira garfada. é que no silêncio do apartamento eu me persigo tomando nota das possíveis resoluções traçadas com esmero entre as páginas do diário. seria tudo em vão caso a ordem dos fatos significasse homem ama borboleta, garoto cai da bicicleta, pintamos de branco a parede do terraço.

4 comentários:

  1. me faço protagonista de filmes que eu jamais vi, só pra ter um pouco de emoção.

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  2. Me candidato a atuar. Sob um roteiro escrito por você, o filme só pode ser cult. Então vale à pena.
    Abraços.

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  3. Fiquei muito curiosa pra saber que obra prima de Bergman é essa. E que deus grego é esse. Adoro Bergman e Liv Ullmann!

    Bjo

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  4. Querido Antonio, serei sempre feliz a cada visita tua no meu bloguinho...'eu me persigo tomando nota das possíveis rosoluções...'Um tanto claustrofóbico, como meus finais de semana, trancado dentro de casa, esquentando arroz no micro, andando feito um zumbi, só com meus livros, 'discos', cacos e filmes antigos de madrugada. A tv me apresenta coisas belas e horríveis também, Bergmann trás eu entre as prateleiras de livros da biblioteca de um colegio do passado...Obrigado por mais referências.
    ps. Meu carinho meu respeito meu grande abraço.

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